Pouca gente sabe que meu nome é Patrícia. Há mais de 20 anos as pessoas me chamam de Xuxa, por causa da minha semelhança com a “rainha dos baixinhos”. Dar autógrafos, tirar fotos e viver situações como se fosse a verdadeira Xuxa já virou rotina. Desde que virei a “sósia” da Xuxa, nunca mais tive sossego.
Minha semelhança com a Xuxa ficou evidente em 1986, quando a Xuxa apareceu pela
primeira vez no “Xou da Xuxa”. Desde então, são mais de 20 anos de situações engraçadas, às vezes complicadas, de pessoas me confundindo com ela.
Nos primeiros anos o assédio era grande. Fotos, autógrafos, crianças chorando querendo meu colo, enfim, eu vivia por tabela um pouco do preço da fama da Xuxa. Não tinha paz quando saía de casa. Meu marido não me deixava ir ao supermercado ou ao shopping porque sabia que levaria horas até eu sair.
As pessoas sabiam que eu não era a Xuxa, mas para elas isto não importava. Até hoje me param na rua para saber se sou prima ou irmã da ‘rainha dos baixinhos’. O Faustão promoveu um concurso de sósias da Xuxa, mas eu não pude participar porque a minha idade não permitia.
Certa vez, quando a Xuxa esteve em Porto Alegre, eu passei perto do hotel onde ela estava hospedada e quase fui esmagada pela multidão. Tive de sair correndo e me esconder. Quando estive no Projac, no Rio, conheci a maravilha das novelas e seus bastidores. Muitas pessoas que estavam me vendo passar naqueles carrinhos lindos achavam que eu era a Xuxa e ficavam acenando para mim. Aquela foi uma sensação muito boa.
Eu não sou de ficar imitando o visual da Xuxa.Tento mudar o cabelo, mas quando vejo estamos idênticas, até mesmo os acessórios (mesmo estilo). Bom essa é uma pequena parte de minha história como Xuxa, afinal são muitos anos.
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